sábado, 5 de maio de 2012

GOVERNO DE PLÁSTICO! O que diria Luiz Gonzaga?

São hipócritas muitos dos que declararam guerra contra as bandas que tocam o chamado "Forró de Plástico" e, quando esse preconceito é patrocinado pelo governo podemos dizer com toca certeza que estamos diante de um "governo de plástico". Isso mesmo! Basta pensar em alguns pequenos pontos...

Esses que hoje repudiam o Forró de Plástico argumentando que se não se trata de cultura estão totalmente errados pois, se não é cultura é então uma contra cultura e, como tal, terá seu momento de consolidação enquanto cultura hegemônica.

Outro preconceito está relacionado a sensualidade da dança e o apelo sexual e até mesmo pornográfico dos shows. Até concordo! Porém, esses mesmos críticos, defendem a legalização do aborto, a profissionalização da prostituição, a distribuição de camisinhas em escolas e a orientação para que crianças e adolescentes aprendam como ser gays sem traumas e fazer sexo seguro.

Esses governantes que desprezam os movimentos de contra cultura de nossa época são os mesmo que querem empurrar de goela abaixo movimentos culturais de nossos avós no mesmo nível e qualidade de 30, 40, 100 anos atras. Isso é uma tentativa de estupro cultural!!! Nada contra nossa herança cultural, mas elas sofrem transformações naturalmente com o passar do tempo e o que temos hoje são parte dessas mudanças.

Como estamos no centenário de aniversário de Luiz Gonzaga recomendo que você faça como o Rei do Baião e faça o seguinte com as musas do forró de plástico..
Ele diria: "Uma pra mim, outra pra tu..."

6 comentários:

  1. Como disse no twitter, o preocupante nas músicas de plástico, é a redução das nossas exigências. Passamos a pedir menos e aceitar menos. A coisa é toda igual, feita em série, para que nós não tenhamos opção. E, mais grave: Quando reduzimos nossas exigências, ficamos expostos a todo o tipo de manipulação. Tudo passa a ser bonito. Corrupção, censura, violência... Chaplin já citava isso no filme: Tempos Modernos, Há quase 100 anos.

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    1. Estamos vivendo no máximo da lógica consumista. Músicas, livros, filmes e a arte de uma maneira geral não estão livres desse processo. Concordo com Elba Ramalho quando ela Diz "Deixa os meninos cantar". Na realidade a música é uma expressão da pessoa e ela não vai cantar aquilo que não venha dela. Posso indicar uma dezena de vozes e de músicas de plástico que tem excelente qualidade. E nas demais, um ritmo envolvente que é irresistível

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  2. O problema é pagar os cachês de 200 mil reais com dinheiro público pra calcicha cagada e forró da xepa tocar uma hora. Eles não representam a cultura paraibana. Peçam aos patrocinadores privados que paguem esse lixo.

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    1. Verdade Anônimo. Concordo com Você. E vou além. Considero que a música, a dança e os esporte deveriam ser integralmente financiados pela iniciativa privada. Acho que toda vez que a arte precisa do apoio financeiro do Estado para ter renda é porque talvez ele não seja tão popular quanto imaginava.

      Na realidade, o Chamado "Forró de Plástico" pode viver, e muito bem, sem os contratos dos governos. O prejuízo se dá pra quem não consegue pagar para assistir esses shows. E acaba fora desse estilo que queiramos ou não, faz parte do movimento cultural da nossa juventude.

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  3. E porque as pessoas deveriam pagar para ver "quica na latinha"? Esse tipo de banda só fica famosa JUSTAMENTE por causa dos milhares de contratos públicos para tocar nas cidade de interior. Se esse tipo de banda não recebesse patrocínio público, nunca faria sucesso.

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  4. A juventude também usa crack e bebe até cair, incentivados pela mídia. Então devemos achar normal o gosto deles? Política cultural é para ser feito por quem entende. Quem deve escolher atrações culturais não deveriam ser por cargos de indicação, mas concursados em música, história, antropologia. Gente que pesquisa e entende de cultura.

    Por sorte Chico César foi indicado para o estado. Mas poderia ter sido um filho de político ou algum representante de uma legenda partidária que quisesse um cargo numa secretaria "sem importância" como a de Cultura.

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