Vou confessar que não sou do tipo que morre de amores pelo chamado forró de plástico e, como em outros estilos musicais, tenho certa censura a certos conteúdos que são insistentemente colocados nas melodias. Mas, como amante da democracia que sou, não posso relegar a marginalidade ou mesmo a segundo planos os milhões de fãs que esse estilo musical possui Brasil a fora e, em especial, no nordeste.
Quem convive no seio dos membros dos falecidos girassóis, sabe que eles possuem um gosto cultural diferenciado e, de certo modo, até elitista e contra isso eu não tenho nada. Curtam suas vidas e divulguem suas paixões. Pra mim, o problema se dá quando, assumindo a condição de gestores públicos essas figuras resolvem sistematicamente detonar todo um movimento cultural que é uma tendência moderna que não tem como derrubar.
Antes de deixar de patrocinar eventos onde haja apresentações de forró de plástico, o atual governo do Estado e da Prefeitura de João Pessoa, deveriam respeitar a vontade e os anseios de muitas pessoas que, tanto quanto os fãs de Chico Cesar como os de Zé Ramalho, Maria Betânia e tantos outros que fazem parte do rico acervo musical do povo brasileiro.
Não cabe ao Estado promover o preconceito contra qualquer tipo de movimento cultural existente no seio da nossa sociedade. Isso o cidadão deve ter liberdade pra decidir.
Homenagem a Chico Cesar - Lapada na Rachada
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