quinta-feira, 3 de maio de 2012

Política de Plástico

Vou confessar que não sou do tipo que morre de amores pelo chamado forró de plástico e, como em outros estilos musicais, tenho certa censura a certos conteúdos que são insistentemente colocados nas melodias. Mas, como amante da democracia que sou, não posso relegar a marginalidade ou mesmo a segundo planos os milhões de fãs que esse estilo musical possui Brasil a fora e, em especial, no nordeste.

Quem convive no seio dos membros dos falecidos girassóis, sabe que eles possuem um gosto cultural diferenciado e, de certo modo, até elitista e contra isso eu não tenho nada. Curtam suas vidas e divulguem suas paixões. Pra mim, o problema se dá quando, assumindo a condição de gestores públicos essas figuras resolvem sistematicamente detonar todo um movimento cultural que é uma tendência moderna que não tem como derrubar.

Antes de deixar de patrocinar eventos onde haja apresentações de forró de plástico, o atual governo do Estado e da Prefeitura de João Pessoa, deveriam respeitar a vontade e os anseios de muitas pessoas que, tanto quanto os fãs de Chico Cesar como os de Zé Ramalho, Maria Betânia e tantos outros que fazem parte do rico acervo musical do povo brasileiro.

Não cabe ao Estado promover o preconceito contra qualquer tipo de movimento cultural existente no seio da nossa sociedade. Isso o cidadão deve ter liberdade pra decidir.

Homenagem a Chico Cesar - Lapada na Rachada

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