sábado, 26 de janeiro de 2013

O Avião do Governador: Cai cai balão, cai aqui na minha mão...

Não são poucas as vezes que pessoas mudam de atitudes em relação a si mesmas, e aos outros, quando envolvidas em experiências de quase morte ou de grande transtorno emocional. Ao ver muitas pessoas comentando sobre a quase tragédia de queda do avião que transportava o nosso Governador e sua comitiva e ,percebendo que muitas delas expressavam certa frustração,  percebi (mas não somente agora) que já está mais do que na hora do Rei se curvar ante seus súditos.

Sei que na história da humanidade muitas pessoas que eram odiadas também tinha a capacidade extraordinária de provocar uma espécie de síndrome de estocolmo em suas vítimas mas, não acredito realmente que isso possa acontecer com o povo paraibano.

O Governador da Paraíba poderia aproveitar essa experiência de "quase morte" na qual se envolveu para refletir sobre seu próprio comportamento e resgatar o espírito de parlamentar defensor dos interesses do povo - incluindo dos servidores públicos - que tanto orgulhava sua trajetória política e sua militância. Parar de defender apenas os interesses de um partido que tem apenas um projeto de poder a qualquer custo e de grupos dominantes da sociedade com possuem o poder econômico.

Se eu estivesse naquele avião, certamente teria refletido sobre todas as coisas boas que poderia ter feito e não fiz. O quanto eu poderia ter marcado a história da minha geração. Não acho que tenha sido diferente com o nosso governador. Ele precisa aprender essa lição que a vida o reservou e começar a traçar uma história digna e respeitosa ante o povo paraibano. 

Sua fama de truculento, teimoso, arrogante, prepotente, centralizador e tantas outras negatividades precisa si dissipar, caso ele queira realmente fazer o bem que a Paraíba merece. Assim meu caro governador, aproveite essa segunda chance que Deus lhe deu e trate de se converter num governador melhor. E, aproveite para ensinar isso também a algum de seus subordinados.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A morte dá prazer!

Vamos prestar muita atenção nos noticiários, nos filmes, nos boatos que correm as ruas. Vamos por um olhar mais atento nos desenhos animados, em muitas das historinhas bonitas dos contos de fadas. Não precisa ir muito longe para perceber que a morte é um produto que vende e, vende muito!

Talvez essa falta de esforço efetivo para resolver o problema da violência na sociedade tenha a ver com isso. Esse produto dá prazer nas pessoas e vende muito. Quantas e quantas vezes não ficaram parados frente a uma televisão no aguardo daquela notícia trágica sobre a morte de um ídolo ou mesmo de um Zé Ninguém. Não são poucos os que degustam a morte dos outros.

Lamentável que a morte seja um produto que provoque tanto prazer numa sociedade que quer tanto viver.

Prestadores de Serviço: o Peso da Exploração e da injustiça

Talvez seja assim em outras partes do mundo, não sei. Mas espanta o quanto faz vergonha ser honesto e buscar uma vida limpa e, sobretudo, esperar isso da administração pública. Nesse contexto, uma das mais vergonhosas situações da nossa República é justamente a perpetuação dos contratos de prestação de serviços como uma forma FLEX de ingressar no serviço público.

Primeiro, devemos reconhecer que prestadores de serviço são mais vítimas que atores dessa perversidade. Depois, é preciso admitir que muitos não se esforçam para mudar tal situação e entrar pela porta da frente que é o Concurso Público. Mas, são de longe vítimas e não atores principais dessa situação.

Prestadores de serviço são explorados de muitas maneiras, a mais evidente é a baixa remuneração pois, em geral, recebem metade do que ganharia um servidor público efetivo; depois tem a precarização do vínculo que simplesmente os tornam refém do gestor/político/partido de plantão. Prestador de serviço não tem direitos trabalhistas assegurados e quando tem é porque existe uma empresa intermediando e levando um bom lucro que poderia ter sido revertido em renda para o trabalhador.

Prestadores de Serviço são explorados não apenas no exercício do trabalho no serviço público mas, pela própria natureza precária do vínculo, também pelos grupos político/partidários que os constrangem a trabalhar em campanhas eleitorais, mobilizar famílias, comunidades e conhecidos para arranjar votos e, assim, garantir que não irá perder o emprego.

Quem possui um contrato precário com o serviço público é refém do gestor de plantão. Não pode denunciar imoralidades, práticas de corrupção, nem qualquer outra irregularidade no serviço e, se ousar, seguramente perderá o emprego. Claro que servidores públicos efetivos também podem ser perseguidos porém, tem mais proteção da justiça.

Gestores Públicos que lutam para manter esse tipo de vínculo com o serviço público estão, na verdade, dando uma declaração subliminar - porém explícita - de que querem manter pessoas escravizadas, presas aos currais da nova/velha política brasileira. Esse tipo de gestor é uma espécie perversa de corrupto que torna pessoas que precisam de emprego em corruptores (se é que posso dizer assim).

Concurso público é a única forma de acabar de vez com esse tipo de situação e eliminar esse tipo de injustiça e exploração. Por isso, a maioria dos gestores públicos - independente do partido e da ideologia - tendem a fazer vistas grossas e manter por anos e anos a fio um verdadeiro exército de prestadores de serviço que, na verdade, são refém de um sistema de exploração e assédio político que parece estar longe de um fim.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Se você calar, ninguém para com a corrupção

Pois é meus amigos e amigas! Um novo ano chegando mas a verdade é que a corrupção no Brasil, continua a mesma. Lamentável ver os últimos resultados das eleições. Simplesmente, as urnas extirparam muito pouca gente corrupta e associada com ladrões. Não fosse as limitações legais, poderíamos ter ainda mais corruptos assumindo cargos de prefeitos e de vereadores.

Nesse quadro, onde o PT, partido mais envolvido em escândalos na nossa velha Nova República, cresceu e continua com tendências de crescimento NUNCA VISTOS ANTES. Isso mostra duas coisas preocupantes: a primeira é que parece que não há outra opção melhor que o PT (digo, parece); outra coisa é um tipo de anestesia moral/ética que muitos brasileiros estão experimentado.

É lamentável, mas a corrupção parece que está começando - se é que algum dia não foi - a fazer parte de nosso DNA político ou, pior, de nossa estrutura moral. Assim, vergonha, não é ser corrupto mas o contrário. Pois, constrangido fica quem não consegue participar de ao menos uma das práticas deslavadas de corrupção.

Mas o fato é que muitas pessoas, a exemplo de você, ainda tem baixo nível de tolerância a tanta safadeza e é por isso que eu conclamo a você e a cada um que tem coragem de lutar contra essa prática perversa da administração pública brasileira, a não nos calarmos nem desanimarmos nessa luta voraz.

Vamos seguir com nossa força, porque se nós nos calarmos não haverá quem dê uma freada na corrupção.