terça-feira, 21 de agosto de 2012

Centro de Convenções, a natureza pública e o declínio do Sol

Ainda há muito por fazer para que possamos ter o prazer te usufruir do tão esperado Centro de Convenções Burity (é assim que eu o batizo) e já paira no ar o desejo nada inocente de privatização desse patrimônio. Não poucos milhões de recursos públicos estão sendo investidos neste centro de convenções. Será, com toda certeza uma obra tão monumental quanto a do Espaço Cultural em temos passados.

Agora, reflita comigo, qual é o sentido de fazer um monstruoso investimento com 100% de recursos públicos para após sua conclusão entregá-lo de mão beijada para ser fonte de lucro para a iniciativa privada? Você consegue entender isso?

Eu definitivamente não entendo e não aceito essa aberração que se faz com o meu dinheiro que, de forma perversa me é retirado por meio de tributos que beiram o absurdo e a irracionalidade! 

Se uma obra como a do Centro de Convenções Burity vai atender muito mais aos interesses da iniciativa privada e aos grandes grupos empresariais e hoteleiros, qual foi então a razão de fazê-lo integralmente com dinheiro público? Por que não se optou por uma parceria público privado?

Agora! Que o povo já mastigou o osso duro, triturou e deixou em forma de gelatina, vem aí uns malas dizendo que deverá ser entregue para administração privada! Porra! Isso é um absurdo sem tamanho. Tão absurdo quanto justificar isso com base na ingerência política que tem sido um câncer incurável no Serviço Público. E, pra resolver o câncer: mata-se a natureza pública de nosso patrimônio.

Ainda fico aqui a me perguntar: se esses políticos e suas trups são incompetentes para administrar o Público de forma pública afinal para que é que nós pagamos tão gordos e absurdos salários se eles são todos incompetentes e, muitos ainda ou são corruptos ou coniventes com a corrupção!

Basta! O que espero de um patrimônio público é que ele continue sendo PUBLICO e que quem o vá administrar sejam servidores públicos de carreira e não um quartel de empresários que nada mais vão fazer que alimentar a industria da corrupção, da improbidade, do desvio e da lavagem de dinheiro público, além, é claro de negar ao povo o direito de acesso e usufruto daquilo que é seu.

Confesso que jamais imaginei que fosse assistir o vergonhoso declínio do socialismo. Sobretudo promovido por um partido que tem suas raízes na mais pura e genuína luta em defesa dos trabalhadores, não exatamente o partido, mas alguns de seus atores.

Envergonha-me ver o PSB se tornar uma legenda de aluguel, não para outros partidos, mas para implementar o terrível e famigerado projeto neoliberal que tem como principal meta a redução do Estado e das Políticas Sociais para um modelo de sociedade onde quem determina as regras sociais é a maldita e mentirosa "mão invisível" que, no caso brasileiro é uma mão de surrupiadores da mais alta plumagem.

Que nos diga os mensaleiros, os privateiros e os de Cachoeira.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Superior não gosta de operação padrão!

Pra mim a situação mais inusitada ocorrida nesta semana diz respeito a Decisão do STJ de proibir que servidores públicos da Polícia Federal e Rodoviária façam "operação padrão" no exercício de suas funções como forma de protesto na luta por aumento salarial.

Ora! Qualquer militante das lutas dos trabalhadores sabe que o tipo de protesto chamado de "Operação Padrão" é a simples atitude do empregado de fazer tudo aquilo que, por lei, ele seria obrigado da fazer todos os dias e que normalmente não faz. Mesma que não haja uma norma que determine claramente a realização da operação padrão ela serve para melhorar a eficácia do trabalho, sobretudo, impedindo a facilidade na prática de muitos crimes ou irregularidades.

É nessa hora que vemos quão promíscuas são as nossas leis e os nossos três poderes! E vai ficar com letras minúsculas mesmo porque Poder que é Poder não proíbe ninguém de cumprir a Lei. Mas quem sou eu para contestar as mentes brilhantes de nossos ministros do Superior Tribunal de Justiça? Eles estão certos.

A orientação básica é: Não cumpra a lei caso ela venha incomodar ou contrariar interesses.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Contratos precários versus direito de acumulação

PENSE NISSO:

Temos cerca de 40 mil cargos ocupados por pessoal não concursado na Paraíba. A maioria esmagadora tem contratos que já ultrapassaram o tempo razoável de 4 anos. Por que será que o Tribunal de Contas não questiona essa situação e exige que se cumpra a constituição e se realize concursos públicos para ocupar os cargos em vacância? Por que razão ele resolve pegar justamente no pé do pessoal efetivo que legalmente tem o direito de acumular cargo público. Talvez a pretensão seja abrir novas vagas para contratos precários com pessoal temporário.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Paraíba tem resultado medíocre no IDEB

Se o sucesso da Educação na Paraíba fosse do tamanho do dinheiro gasto com a publicidade e na mesma proporção da capacidade de retórica de nossos gestores públicos, já teríamos atingido a excelência! Mas a realidade não aceita certas maquiagens e não sucumbe a brabeza e aspereza de seus governantes.

É lamentável mais temos que classificar como medíocres os resultados da nossa educação. Em primeiro lugar porque as metas do MEC já são em si medíocres e, em segundo lugar, porque os resultados da Paraíba se arrastam e com muita dificuldade conseguem chegar no centro da meta.

Vejamos:

Na figura acima vemos os resultados do Ensino Fundamental 1, que corresponde as primeiros anos (1º ao 4º ano) especificamente ao 4º ano. Aqui, o Estado Supera a meta do MEC (Parabéns!) E, se continuar nesse ritmo, a meta para 2013 será também fácil de bater.

No Fundamental 2. O resultado ficou abaixo da meta pretendida que era 3.0. Tivemos que engolir um 2.9. Como a meta para 2013 é 3.4 os professores do Fundamental 2 terão que ralar bastante para poder chegar lá.

Já no ensino médio...
No Ensino Médio o Governo fez o dever de Casa. Ficou exatamente dentro da meta para 2011. Porém, pior do que em 2009.

CONCLUSÃO:

Não cabe aplausos para a política educacional do Governo Ricardo Coutinho nos dois últimos anos. Como também não há como elogiar seus sucessores. Porém vale destacar que tanto no governo Cássio, quanto no Governo Maranhão 3 todas as metas do MEC foram superadas pela Educação da Paraíba e estavam em tendência de crescimento.

Desempenho dos três últimos governos no que se refere a Educação e resultados do IDEB

Cássio: 100%

Zé Maranhão: 100%

Ricardo Coutinho 65%

O baque foi grande!

CONFIRA O IDEB DO SEU MUNICÍPIO CLICANDO AQUI


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A Paraíba no Limite Prudencial dos gastos com Servidores?

Vida e Morte na latrina

Espanta qualquer pessoa a forma banal como vem sendo tratada a vida e também a morte. Numa via de mão duplas, sociedade e sistemas de comunicação criaram uma relação de desvalorização da vida e banalização da morte que assusta e entristece as mentes que nada mais desejam além de viver em paz e conviver com outros que também estejam em paz.

Tanto a morte quanto a vida foram colocadas numa latrina e como tal perderam qualquer valor ou significado mais relevante. Parece que perdermos a capacidade de se indignar e se revoltar com as aberrações como tem sendo tratada a vida das pessoas e como essa mesma vida é tão prematuramente extirpada sem que isso gere algo maior que um choro e um luto familiar e, quando muito de alguns amigos mais chegados.

Alguns vivem em castelos, outros constroem fortalezas para não ver os miseráveis que cotidianamente passam por suas portas. Tem também os que contratam seguranças para proteção pessoal e há também os que usam de forma privada os equipamentos públicos de segurança.

Temos que ir além desse sistema de banalização da vida e da morte. Precisamos acordar, abrir bem os olhos e ver que é primordial que possamos unir as forças, nos dar as mãos e criar uma corrente forte em defesa da vida.

Pessoas não nasceram para que suas vidas fossem banalmente ceifadas e aniquiladas de forma tão gratuita como as que temos visto nestes tempos. Quanto tempo mais vamos ignorar o choro de milhares e milhares de famílias como se isso nunca pudesse chegar até nós.

Não acredito que tenha uma forma pronta, um mapa com o caminho ideal a ser seguido, mas tenho a absoluta certeza de que não é possível mais ficarmos omissos ou realizando ações pontuais no que diz respeito ao enfrentamento e ao debate sobre a violência e a terrível e maligna desvalorização da vida.

A defesa da vida é a bandeira de luta primordial de qualquer cidadão, de qualquer profissão e de qualquer sujeito que nessa terra viva e que tenha o mínimo de amor a si e ao próximo. Se não ao próximo, ao menos a si mesmo. 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Quem fez mais por João Pessoa? Wilson Braga

Resolvi entrar nessa brincadeirinha de menino buchudo apenas para expor o que é fato é não delírio de governantes que no exercício de seu narcisismo são incapazes de enxergar um palmo a frente de seu próprio nariz.

A primeira coisa que preciso dizer é que não há diferença substancial entre a gestão de Cícero Lucena e a de Ricardo Coutinho no Governo de João Pessoa. Ambos tiveram como pilar fundamental de suas primeiras gestões a benção inconteste do PMDB, de Ronaldo primeiro e depois de Maranhão.
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Em volume de obras e em popularidade é inconteste que Cícero Lucena conseguiu manter um público mais fiel e mais simpático a seu nome do que Ricardo Coutinho. Afinal, este último consegui criar um público convicto que se mantém com alto nível de rejeição ao seu nome.

Também se igualam no montante de escândalos e denuncias de corrupção. Digo que, neste ponto, temos o sujo falando do mal lavado. Afinal, apesar de nenhum dos dois terem condenações da justiça é inconteste que a prática da corrupção não passou a margem de seus governos. Mas, de igual maneira, ambos são inocentes até que se prove o contrário.

Enfim, pra que fique claro o meu ponto de vista. Quem mais fez por João Pessoa e também pela Paraíba foi o sr. Wilson Braga e sua querida esposa Lucia Braga. Tanto em obras, quanto em Assistência Social ainda está por vir um político capaz de superar esse casal que até hoje, mantém um fiel número de pessoas gratas a sua passagem pelo Governo da Paraíba.

Ante o contexto social e econômico, tanto Cícero quanto Ricardo Coutinho teriam a obrigação moral de terem ido muito além - muito além mesmo - do que fizeram por João Pessoa. Sobretudo Ricardo Coutinho que pegou um dos melhores momentos da história econômica e política do Brasil.

Então, vamos acabar com essa briguinha besta sobre quem fez mais ou quem fez menos e vamos tratar de planejar o futuro e defender os interesses objetivos dessa geração que agora precisa de muitos cuidados e atenção.

Atenção, improbidade administrativa e denuncias de corrupção sempre foram lugar comum na administração pública e não dá pra citar um governante que não tenha metido o pé nessa lama doce.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Dom Aldo: O boi de piranha da Festa das Neves

http://www.portalcodisma.com.br/?p=15886
Ouvir que um religioso como Dom Aldo manifesta interesse em acabar com a Festa das Neves me fez lembrar do gradual processo de desconstrução das festas populares em João Pessoa, promovidas pelo Sr Ricardo Coutinho quando foi prefeito dessa cidade.

A primeira lapada quem recebeu foi o Carnaval Fora de Época, depois a Paixão de Cristo, em seguida os Festejos Juninos. Sem contar que mesmo aquelas que não foram totalmente extirpadas, foram reduzidas a uma situação tão insignificante que nem vale mais apena relatar que João Pessoa tem essa ou aquela festa popular.

Imagino que, ante a sintonia espiritual entre o Sr. Bispo da Paraíba e o Sr. Governador, houve uma transferência de desejos que foram manifestas pelo sujeito não político Dom Aldo, para não desgastar o sujeito Político, Reicardus para que essa celebração religiosa predominantemente católica seja banida de uma vez por todas de nosso calendário de eventos.

Se gestores anteriores se esforçavam para tornar cada evento popular de João Pessoa mais grandioso e belo. Vivemos na contramão e a tendência é que a nossa cidade se torne uma cidade dormitório e, por isso mesmo, comece a deixar de ser ponto de atração para turistas e de orgulho para seu próprio povo que adora a modernidade mais não abre mão de suas tradições.

O Detran da Paraíba é jurássico

Antes de mais nada, devemos parabenizar pelo eficiente sistema de cobrança de multas. Em seguida, cabe destacar o quão jurássico é o Detran/PB. Diante dos dois mil e quinhentos premiados com a habilitação "grátis" resta a lentidão de um sistema lento e até frustrante de avaliação dos novos condutores. Vamos a realidade.

O Detran da Paraíba, extinguiu a realização de provas teóricas escritas e somente pode ser feita a prova por meio digital(Por lei, deveriam ser oferecidas as duas opções para o candidato a uma habilitação). O grande problema é que o jurássico sistema só é capaz de fazer prova com dez pessoas por vez  e isso é claro que cria um problema sério, sobretudo para os pobres candidatos a uma Carteira de Habilitação.

Pra termos uma noção da quão grave é essa realidade, basta fazer um cálculo simples: Numa manhã, com o atual número de computadores disponíveis para realizar a prova teórica, apenas 40 pessoas fazem o exame (dez, por vez); durante um dia apenas 80 pessoas fariam. Se fossem 40 computadores disponíveis, numa manhã teríamos 160 pessoas fazendo a prova e um total de 320 somente num dia. Quase o que hoje se leva toda uma semana para acontecer!

Detalhe: para compensar essa deficiência, são distribuídas cotas de números de provas para as auto escolas que, dentro de suas programações individuais podem formar até 150 pessoas por semana para a prova teórica ou mais. Porém, seus alunos podem passar até mais que um mês depois de concluídas as aulas teóricas no Centro de Formação, aguardando para fazerem a prova no Detran.

A tão criticada indústria de multas não consegue formar em tempo satisfatório novos condutores, talvez, estejam cansados de ter tanta gente pra multar.

O Show do Bilhão - JP

Nenhum lugar é melhor do que um palco como o do Teatro Santa Rosa para que possamos assistir um grande espetáculo, ainda que recheado de fantasias. O show do bilhão protagonizado pelo Governador Ricardo Coutinho, que anuncia nada menos que um bilhão de reais em investimentos apenas na cidade de João Pessoa é coisa pra inglês ver.

Esse valor anunciado pelo Governo da Paraíba representa nada mais nada menos que um terço de tudo que foi arrecadado em todo Estado este ano de janeiro até maio. Considerando que o Estado Pagou no mesmo período, quase dois bilhões e meio e o empenhado corresponde a cerca de três bilhões. Devemos concluir que esse dinheiro não é nosso. Ou, apenas por suposição, o governo está anunciando como investimento em João Pessoa aquilo que já está naturalmente previsto na rotina de despesas do Estado.

Outro elemento importante para a nossa reflexão e que parte importante desses recursos vai entrar para o Estado como empréstimo e assim, nada mais representa do que um aumento vertiginoso de nossa dívida pública. E, somente para lembrar, o então candidato Ricardo Coutinho era totalmente avesso a esse tipo de comportamento administrativo e prometia que os investimentos para melhorar a Paraíba seriam dos cofres do próprio Estado e, dava como exemplo exitoso o que fez em João Pessoa.

Mais uma vez fica claro o quanto esse governo gosta de maquiar a realidade e mostrar como estraordinário o que é meramente o básico na administração pública. São muitos fogos para uma coisa que, no máximo, nos dará muita dor de cabeça nos próximo quatro ou oito anos.

TRAUMATIZANTE

Entre os investimentos anunciado está o correspondente a um milhão de Reais para construção de um espaço de acolhida para as famílias dos pacientes atendidos no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Aguardo ansiosamente o detalhamento das despesas.

ESPORTE ABANDONADO

Surpreende qualquer pessoa o estado caótico em que se encontra a pista de bicicross vizinho ao Ginásio Ronaldão. Vergonhosamente abandonada e o que é pior: sem que a comunidade do Cristo Rangel ou mesmo de outros bairros de João Pessoa, possam aproveitar aquele incrível equipamento construído no Governo Cássio.

COMÍCIO NO TEATRO

Qualquer leigo poderia perceber elementos sutis de publicidade da candidata Estelizabel no discurso proferido pelo Governador Ricardo Coutinho no Teatro Santa Rosa. Lamentavelmente a audiência era narcisista e a ausência da maioria esmagadora dos deputados extirparam qualquer possibilidade de dar crédito ao incrível orador que, na prática do governo, só acumula decepções.