sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sr. Gestor Público - Sorria! Você está sendo investigado

Não fosse a sequência de ações da Polícia Federal que nos últimos dez anos vem detonando em todo Brasil o currículo de muitos políticos que até então tinha uma conduta ilibada, eu não diria que estamos numa trajetória irreversível de moralização e de destruição medular de vários mecanismos de corrupção.

Agora o Gestor público tem plena certeza que seus atos praticados em oculto podem estar sendo monitorados e podem, a qualquer momento, cair em rede nacional e até internacional. O Reality Show da Corrupção brasileira nos dá pérolas de grande envergadura como também essas baratinhas que andam pelas municipalidades lambendo as migalhas que deveriam estar sendo investidas em saúde, educação e assistência.

Apesar de parabenizar a Polícia Federal e todos que dão suporte e legitimidade a suas ações, somos obrigados a reconhecer que eles não chegam perto nem mesmo de dois por cento de toda organização criminosa que atua para usurpar do povo o direito a receber os benefícios de todos os impostos pagos pelo cidadão.

A rede de corrupção é uma rede complexa que na maioria das vezes tem um manto inviolável de legalidade e moralidade o qual nenhum cidadão é capaz de denunciar. O dinheiro da corrupção não anda apenas em contas bancárias, operações financeiras ou coisas do gênero. Ela está em cuecas, envelopes, doações de campanha. Tudo "na maior legalidade". Também vai além das conversas gravadas por escutas.

Agora, cabe a cada cidadão que tenha as devidas condições, contribuir para que os responsáveis por essas operações recebam toda informação necessária para manter longe da administração pública esses ladrões de colarinho branco.

Diante de tantos indícios, não duvido que na Paraíba tenhamos pelo menos uma centena de pessoas que estejam sendo monitoradas pela Polícia Federal e pode até ter uns peixes dos grandes numa dessas ações que poderão explodir em seis meses, um ou dois anos. Mas, pode ser que vejamos grandes ídolos da política paraibana sendo enquadrados não pela justiça eleitoral mas pela Polícia Federal.

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