terça-feira, 8 de maio de 2012

Traumatizante: A privatização da Saúde é de Matar

Talvez a maioria das pessoas não tenham a motivação suficiente para analisar em profundidade o que leva os Governos Democráticos a quererem a todo custo privatizar os serviços realizados pelo Estado e desprezar as posições em contrário.

A Privatização do Estado, em todas as suas formas, servem para que parte importante dos recursos públicos sejam desviados para empresas privadas e caiam nas mãos de diversas pessoas que "legitimamente", podem usá-lo para enriquecer os patrocinadores da terceirização por meio de doações de campanha, pagamentos em dinheiro vivo ou mesmo apoio a empresas laranjas pertencentes a políticos das mais diversas áreas.

Nesse contexto de Privatizações sob um discurso hipócrita, demagógico e corrupto o Gestor Público consegue alavancar recursos para campanhas políticas, comprar cabos eleitorais em praticamente todos os seguimentos sociais, ampliar o clientelismo no serviço público e fazer enriquecer os partidos políticos e os empresários mais chegados e generosos nas suas  doações "partidárias".

Agora, confesso que deu pra tremer quando li o artigo do jornalista Clilson Júnior "O Senhor X do Trauma". Ele faz perguntas extremamente provocantes e sérias, com peso para abalar muitas estrutura de um sociedade séria e que presa pela moralidade e pela ética que, infelizmente, não parece ser o caso da Paraíba nem do Brasil.

O Trauma está Privatizado. E o absurdo de tudo isso é que o processo de privatização começou com uma tal de Gestão Pactuada e, a Cruz Vermelha que assumiu a gestão do Trauma fez uma coisa, no mínimo estranha: Terceirizou a Terceirização do Trauma! Assim, o recurso da Saúde é repassado para a Cruz que repassa para um número diverso de empresas privadas nos diferentes serviços disponibilizados para o cidadão.

Mas...

O que há de absurdo nisso tudo é algo que pouca gente percebe e que tem grande importância. Imagine que não haja (e parto do pressuposto que não há) corrupção nas terceirizações. Pense na margem de lucro que essas empresas conseguem. Pense no número de funcionários que podem entrar no serviço público por tempo determinado e sem qualquer poder para cobrar do gestor público a moralidade e, ainda, quantos desse podem ser cooptados pra fazer campanha eleitoral compulsória!

Quem vive no mundo empresarial sabe que alguns produtos podem gerar lucros de 100%, 300% ou mais. Assim, se o Estado poderia gastar apenas 10 reais, passa a gastar 50, 100 ou mil reais com um produto especifico e isso motiva muitos empresários a garantir seu espaço na estrutura do Estado através de negociações escusas como as que estão explodindo agora com Carlinho Cachoeira.

Mas, não sou jornalista, analista ou investigador. Falo como cidadão que tem uma percepção de mundo e que apenas gosta de compartilhar. Posso estar errado e fazer uma análise injusta. Porém, o fato é que não posso concordar com a transferência das obrigações de Estado para a iniciativa privada. Isso descaracteriza o natureza do Estado e coloca em risco a vida dos cidadãos uma vez que coloca o lucro como prioridade e o atendimento ao cidadão, em suas necessidades, como um produto, uma cota a ser distribuída entre empresas das mais diversas.

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