sábado, 12 de maio de 2012

Drogas: Legalizar é preciso

Vamos tocar num ponto sensível do debate sobre o uso de drogas em nossa sociedade. A Legalização e a descriminação são dois lados de uma mesma realidade que está relacionada com o uso de drogas. E eu e você somos provocados cotidianamente a tomar partido, ora pela descriminalização do uso e outras horas, contra a a comercialização das drogas.

As Drogas representam uma inesgotável fonte de prazer e sofrimento para o indivíduo e para a sociedade e não qualquer intenção dessa provocação negar as terríveis consequências do uso de drogas na vida da pessoa, da família e da sociedade. Mas o fato concreto é que essa política de combate às drogas é uma droga e só tem servido para alimentar outros mercados criminosos além de si mesmo.

Contra essa política de combate as drogas advogam 100 anos do seu próprio fracasso e o simples fato de não ter podido efetivamente ter resolvido o problema ou ao menos tê-lo minimizado. Legalizar o uso de drogas é uma necessidade para começar a resolver de verdade o problema do uso e abuso de drogas.

Nenhum ser humano em sã consciência espera que isso ocorra da noite pro dia e que amanhã seja decretado que o comércio internacional de drogas seja uma atividade legalizada, mas é preciso que se crie um movimento onde isso possa acontecer nos próximos 100 ou 200 anos. 

Nesse processo, todo o dinheiro que hoje é desperdiçado com políticas de repressão deverá convergir para políticas educativas de prevenção e sensibilização da pessoa para a diminuição progressiva dos que se tornam adeptos do uso de drogas.

Destacando que nenhuma sociedade será inteiramente livre do uso e abuso de drogas. E não é a repressão que vai conseguir alcançar esse objetivo e nem a legalização. O que precisamos começar a aceitar é que, da mesma forma que as pessoas tem direito a uma orientação sexual, a serem prostitutas, a terem liberdade religiosa e tantas outras liberdade, também precisam ter o direito de usar, ou não, drogas sem precisar se esconder ou viver na marginalidade.

O atual modelo de política de combate as drogas é um modelo hipócrita, que não resolve o problema mas, pelo contrário, o torna ainda mais grave e terrivelmente perverso.

Sei que não apresentei todas as possibilidades pró ou contra, nem seria possível fazê-lo aqui, mas a intenção central é que possamos pensar realmente em novos caminhos para trabalhar dentro das políticas sobre drogas e ir além desse fracassado modelo americano de satanização das drogas e dos usuários.

Enfim, deixo uma frase com conteúdo de fato incontestável:

ENQUANTO HOUVER UMA PESSOA DESEJANDO USAR DROGAS, HAVERÁ ALGUÉM DISPOSTO A VENDÊ-LA CUSTE O QUE CUSTAR. E não será a repressão que irá impedir esse fato.

Agora, não é possível debater seriamente essa questão se as pessoas se mantiverem presas ao paradigma da repressão e tendo como referência a experiência de vida e de fracasso dos últimos 100 anos.

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