quarta-feira, 2 de maio de 2012

Compra-se Votos!

As políticas públicas parecem estar se convertendo no mais eficiente mecanismo de compra de votos que já se tem notícia na História do Brasil. Não vamos aqui jogar pedras nos programas de distribuição de renda e outros de natureza assistencial, mas o fato concreto é que o Estado está se convertendo numa máquina eficiente de compra de votos e não existe possibilidade jurídica de contestação uma vez que está respaldada em Leis Federais, Estaduais e Municipais.

Acho que o donos do Capital tremeram nas bases quando um Operário, filiado a um partido de esquerda chegou ao poder. Haviam profecias de que Lula não terminaria o seu primeiro ano de governo. Mas, pelo menos por enquanto, ele tem se tornado o político mais influente que o Brasil tem notícia na Nova República. Isso tem uma razão, um porquê e é sobre ele que vou fazer minha provocação.

A ideia central do Socialismo, depois da conquista do governo pelos trabalhadores, é a distribuição justa e igual de toda riqueza produzida. Diante da inviabilidade dessa, cumpre ao governante, criar suas adequações; e, foi isso que Lula fez. Lula e o governo do PT ampliou os programas sociais a tal ponto que, hoje é possível encontrar milhões de famílias que dependem quase que exclusivamente das contribuições distribuídas pelo governo.

O grande problema não está na ideia central, que é promover a distribuição da riqueza produzida de forma justa entre todos os cidadãos, mas na forma perniciosa como os governantes estão fazendo uso delas e também em muitas das "adequações" e "simulações" que estão acontecendo.

Governos aprenderam que distribuir bolsas, computadores, internet, shows, livros, cadernos, camisas de programas e projetos; fornecer microcrédito, entregar casas próprias e tantos outros benefícios sociais pode sim gerar lucros políticos de monta, basta fazer a devida articulação e vinculação dos mesmos com o governante que estiver no Plantão.

Hoje, os currais eleitorais não são comandados por coronéis, mas por gestores e executores de políticas e programas sociais que, de segunda a sexta, trabalham arduamente para garantir o "máximo" dos direitos sociais e, fora do expediente ou nos fins de semana fazem visitas, ligam do celular, mandam e-mails e, das mais diversas formas (sutis ou não), deixam claro para o cidadão que aquilo é fruto da bondade do governante plantonista e que sem ele, nada daquilo seria realidade.

Pra terminar, também merece destaque que também se compra votos por intermédio da terceirização de serviços, privatizações, doações do patrimônio público e contratos de prestação de serviços temporários. Não é a toa que governantes são resistentes para realização de concursos e tentam a todo custo, transferir para iniciativa privada a gestão de todo e qualquer serviço que seja executado pelo Estado.

COMPRAR VOTOS É PRÁTICA OFICIAL DOS GOVERNOS. ISSO É VERGONHOSO. Mas, da forma como está construído, não caracteriza crime ou mesmo um pequeno delito.

Diga você mesmo: VOCÊ ACHA QUE AS POLÍTICAS DE ALIANÇA TEM OUTRO FIM SE NÃO COMPRAR O VOTO DOS PARTIDOS E FAZER TROCA DE MOEDAS? 

DEVE FICAR CLARO QUE O PROBLEMA NÃO SÃO OS PROGRAMAS DE INCLUSÃO SOCIAL QUE, EM ESSÊNCIA, PRECISAM EXISTIR NUMA SOCIEDADE COM TAMANHO FOÇO ENTRE POBRES E RICOS, MAS SIM O USO CANALHA QUE MUITOS GESTORES FAZEM DELES. 

E, TAMBÉM VALE DESTACAR QUE MAIOR DO QUE A COMPRA DE VOTOS FINANCIADAS PROGRAMAS SOCIAIS É A COMPRA DE VOTOS A PARTIR DOS VOLUMOSOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS EM EMPRESAS PRIVADAS, SEJA PARA REALIZAÇÃO DE OBRAS FARAÔNICAS, SEJA PARA GARANTIR A SOBREVIVÊNCIA DE CERTAS EMPRESAS E PRINCIPALMENTE BANCOS.


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