domingo, 17 de novembro de 2013

Petralhas, tucanalhas, picaretas e o mito da caverna

Platão quando criou o "Mito da Caverna" certamente estava pensando na multidão de pobres mortais que insistem em se manter presos ao mundo que foi idealizado mas que não é real. A ousadia está justamente em fugir desse paradigma para poder então descobrir a verdade. Ao que tudo parece ainda vivenciamos uma forma de "mito da caverna" dessa vez as imagens projetadas são produzidas pelas mídias, pelos políticos e por todos aqueles que tem poder de influência.
 
Ao perceber as intermináveis disputas entre os dois mais poderosos grupos políticos do Brasil fica fácil perceber o quão atolados estamos nessa caverna. De um lado, o governo do PT e seus aliados e, dou outro, com hegemonia entre as oposições, o PSDB e seu aliados. Ambos atolados em escândalos de todas as ordens mas que, porém, conseguem mobilizar a simpatia das massas como se, para cada lado, ambos fossem santos!
 
Recomendo
A realidade é que em ambos os lados, estamos vendo uma ruma de picaretas e canalhas que, tal qual uma quadrilha muito bem organizada estão sempre defendendo seus corruptos. Não dá pra dizer que todos são corruptos! Porém, a parcimônia de todos é algo vergonhoso.
 
PT, PSDB e outros que estão ali, amontoados com eles não são opção para um país que se deseja moralmente capaz e que não seja uma vergonha para o mundo. Estes dois grupos políticos, sobretudo, representam o que existe de mais sacana na política brasileira. Apesar de serem simpáticos aos olhos de grandes massas, são tão desprezíveis quanto os dejetos que naturalmente descem esgoto a baixo.
 
Não podemos dizer que se trata de partidos onde a corrupção é generalizada mas o fato verdadeiro é que existe uma  multidão de omissos que não resistem em nenhum momento em estarem criando imagens falsas para iludir aqueles que parecem gostar de estarem na caverna.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Rei ou Os Reis dos Camarotes e a farsa liberal

Ricos e Pobres
Episódios como o hilariante circo montado pelo tal "Rei do Camarote" a negativa repercussão do mesmo revela uma coisinha típica dessa cultura liberal na qual estamos vivendo: A sociedade cria os seus próprios monstros para depois repudiá-los. Está sendo assim com esse milionário, sempre foi assim com os usuários de drogas, os novos ricos, os marginais e tantas outros autores e vítimas desses sistema perverso.
 
Mas, essa sociedade do espetáculo, do luxo e da riqueza não deveria ficar tão revoltada assim! Afinal, ela está repleta de "Reis do Camarote" e em diferentes escalas. E, esses tais, apenas revelam o tamanho da farsa das promessas da democracia liberal onde todos os cidadãos podem, no nível do discurso, alcançar todos os seus sonhos.
 
A realidade liberal é que a exploração de muitos serve para construir os camarotes de poucos. Mas, para aliviar as tensões e, até mesmo, criar uma situação de entorpecimento das massas, o liberalismo constituiu uma infinidade de micros ou pseudoscamarotes que massageiam o ego dos pobres mortais e os dão a patética sensação de que são "reis" nessa terra de gigantes.
 
A situação é tão absurda que até quem consegue comprar um celularzinho ou uma televisão mais moderninha se sente o "rei do camarote". Facilidade de acesso as redes sociais, um sucesso instantâneo nas redes sociais, poder pagar um plano de saúde ou a escola das crianças; ter um carro zero ou usado são motivos para fazer a alegria dos reis e também para fazê-los concluir que vivemos numa lógica maravilhosa e democrática.
 
O problema é que vivemos num entorpecimento coletivo que nos dá alegria numa condição de exploração extrema. Ninguém se dá conta que é estarmos uma sociedade onde os 10% mais ricos abocanham 85% de toda riqueza existente, os 50% mais pobres ficam com miseráveis 1% de riqueza total.
 
Não são invisíveis os "reis dos camarotes" em nossa sociedade mas, na verdade, a maioria dos que ostentam esse título, não passam de bobos da corte dos verdadeiros reis: 0,000015% (mil indivíduos) do planeta que possuem o dobro de toda riqueza da metade dos cidadãos mais pobres do planeta.
 
Mas, nem precisa entender esses números (e eu pouco entendo). O que precisamos é olhar em nossa volta e reconhecer que vivemos numa sociedade extremamente injusta e desigual onde o trabalho das massas serve bem mais para financiar camarotes de poucos do que para alimentar a fome de milhões.
 
Ora! Se calam-se as vítimas. Se calamos somos coniventes com toda forma de exploração e perversidade desse sistema e, pior, podemos até está nos sentindo "reis do camarote" enquanto somos, de verdade é, bobos da corte.