terça-feira, 12 de junho de 2012

A política de Alianças serve de blindagem pra corrupção

Amigos, longe de mim fazer julgamentos sobre a honestidade desse ou daquele candidato. Mesmo que possa cair em tentação, não gosto muito de fazer pré-julgamentos. Mas tenho que dizer o que penso sobre essa tal política de alianças que existe no Brasil.

Primeiro, precisamos reconhecer que em nome da democracia o Brasil tem uma infinidade de partidos políticos, ainda que, em geral, o embate sempre fique polarizado em dois que possuem maior poder. Depois, precisamos entender que no Brasil as alianças não acontecem com fidelidade hierárquica, quero dizer: alianças que acontecem em nível nacional, não precisam acontecer em nível estadual e menos ainda em nível municipal.

Outro ponto relevante é que a fidelidade partidária é relativizada em nome da democracia interna. Isso implica dizer que, o membro de um partido pode não ser fiel ao partido e ainda assim gozar das vantagens de ser filiado. Nesse ponto também devemos destacar que um candidato eleito, ou suplente, pode sair do partido que lhe ajudou a conquistar os votos, ir para um partido novo e ainda assim, levar os votos e o mandato.

Bom, fiz esse picadinho pra dizer o seguinte. Tudo isso e outros detalhes, servem para promover uma certa blindagem pros corruptos. Principalmente a falta de ética hora de fazer alianças para concorrer nas eleições. Vamos a um exemplo concreto.

O Prefeito Luciano Agra foi humilhado, envergonhado e queimado publicamente pelo seu partido, o PSB. Ficou claro (ainda que possa não ser) que ele está rompido com Ricardo Coutinho e não deverá mais apoiar a campanha do partido em João Pessoa. Imediatamente, Cícero Lucena, Luciano Cartaxo e Zé Maranhão dão sinais que aceitariam o apoio desse agora querido prefeito. Isso, na promiscuidade da política de alianças e troca de apoios e favores é naturalmente aceito.

Mas...

Imagine que Agra é parte de um conjunto de escândalos que envolvem Ricardo Coutinho, Estelizabel, Nonato Bandeira e tantos outros membros do coletivo. Se acontecer de Agra se aliançar com um dos candidatos de oposição a Ricardo Coutinho quem aí acha que veremos uma devassa acontecer para revelar os segredos podres que podem estar guardados nos arquivos da administração municipal? Não! Claro que não vai acontecer devassa nenhuma.

Essas alianças e apoios que acontecem entre partidos que já foram adversários servem bem mais a perpetuar a corrupção dentro da administração pública do que para favorecer a população que vota. Assim, como os inimigos de hoje podem ser parceiros amanhã, não é possível crer que um vá jogar no ventilador as merdas que o outro fez. E, por isso, as alianças ajudam a blindar e perpetuar a corrupção. Claro que isso não é regra geral. Mas devemos ficar de olhos muito atentos nessas alianças que acontecem entre inimigos históricos e no quanto mudam de opiniões nossos bondosos políticos.

Vejam o Exemplo de Ricardo Coutinho e Cássio. Ricardo bem que ensaiou fazer uma devassa no governo Zé Maranhão III, mas deu um parada brusca quando percebeu que poderia bater direto no seu novo aliado Cássio Cunha Lima. Conclusão, se tínhamos alguma chance de conhecer o esgoto da administração dos antecessores, isso foi inviabilizado pelo simples fato de que os inimigos de outrora se tornaram parceiros na atualidade e parceiro que é parceiro não joga pedra no telhado do outro.


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