domingo, 10 de junho de 2012

Os governantes e as Obras

Cite um governante que não investiu em grandes obras. Diga apenas um! Na realidade, as obras são a prioridade de qualquer governo. Não importa se serão obras necessárias ou desnecessárias, mas qualquer governo vai colocar como uma das suas principais prioridades a realização de grandes obras.

Assim, ninguém deveria ficar admirado e agradecido se um governo anuncia novas obras, grandes obras e pequenas obras. Na realidade, vivemos num momento social, econômico e político em que as obras não deveriam ser o foco para a avaliação de um governo. O foco deve ser o valor dos investimentos, a forma como está sendo pago, a quem e se o mercado não teria algo semelhante por um preço melhor.

Também, deveríamos estar mais atento aos personagens envolvidos nos contratos com o setor público. Afinal, fortunas estão sendo construída da noite pro dia e muitos dos que estão próximos do poder, possuem mais sorte que a maioria dos cidadãos. São almas bem aventuradas que receberam dádivas, mas não foi de Deus, mas dos governos.

As obras são o melhor lugar para promover o desvio de recursos públicos, sobretudo porque estão diretamente vinculadas ao serviço de empresas que tem como foco o lucro. É o lucro, mesmo quando o preço é justo que pode corroborar para que haja corrupção. Não há como qualquer tribunal e contas condenar uma empresa privada de ter tido lucros exorbitantes.

Por outro lado, quantos governos você conhece que priorizaram a reposição do quadro de funcionários efetivos? Na realidade são poucos, a maioria faz um esforço gigantesco para manter contratos precarizados com prestadores de serviço ou com empresas terceirizadas ou Organizações Sociais. Servidor Público não é fonte de lucro para corrupção e, pior que isso, pode ajudar num maior controle do governo. É por essa e outras que poucos governantes, querem substituição de prestadores de serviços e filantropia pelo serviço prestado exclusivamente por servidores públicos.

Os governantes e suas obras são uma inesgotável fonte de lucro e de receita para partidos políticos e grupos empresariais e essa é uma das razões pela qual empresas e empresários sempre estão doando fortunas para essa ou aquela campanha e ainda pode haver os que doam até para partidos concorrentes.

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