segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Fim dos Concursos Públicos na Paraíba

Um dos exercícios mais necessários na hora de tomarmos uma decisão é fazer uma previsão do futuro para saber como as coisas ficarão conforme as escolhas que fizermos. Neste momento, espero que o querido e a querida leitora faça esse exercício em relação ao acelerado processo de privatização da Saúde que também deverá se estender para a Assistência Social e Para a Educação e também para outras políticas públicas como as do Meio Ambiente e do Turismo.

Não vou me alongar. Basta dizer que, somente com a atual "pactuação" para administração de hospitais públicos no Estado, centenas - talvez, milhares - de vagas para concurso simplesmente deixaram de existir e estão e serão gradativamente ocupadas por Celetistas sem que haja qualquer processo justo de seleção. As vagas que forem surgindo no quadro do Serviço Público na Saúde em função das aposentadorias, não serão mais vagas para concurso, mas sim vagas para empresas privadas que vão administrar os hospitais públicos com vínculos semelhantes a empresas privadas.

Concurseiros de todo nordeste vão sofrer as consequências maldosas dessa opção do Partido SOCIALISTA em privatizar as políticas públicas e não poderão alimentar expectativas de se tornarem servidores públicos e exercerem a mais nobre função do Estado que é defender a sociedade de forma livre e autônoma, sem qualquer constrangimento.

Devemos lembrar que cerca de 50 mil cargos hoje no Serviço Público da Paraíba são hoje ocupados por prestadores de serviço ou empresas terceirizadas ou pactaudas. Se contarmos os serviços feitos em empresas 100% privadas como limpeza, exames e segurança patrimonial, pode até ser que esse número aumente violentamente.

Assim, são milhares de vagas que deveriam ser vagas para pessoal concursado que, simplesmente estão sendo entregues a organizações filantrópicas, empresas privadas e, pior, facilitando o clientelismo no serviço publico e tornando o trabalho profissional refém da vontade dos políticos e dos partidos, sem qualquer vínculo ou compromisso com a defesa plena da cidadania e do Estado.

A sociedade precisa acordar para a ameaça futura que se desenha no atual quadro e precisa tomar medidas contundentes para estancar esse mal que se está fazendo para a natureza PUBLICA do Estado. 

Se já está mais do que comprovado que toda corrupção de Estado acontece em sua relação com o setor privado, imagine se o Servidor Público deixar de existir e passar a ser um celetista sem qualquer garantia de Estabilidade no Serviço Público? As imoralidades serão ainda mais imorais.


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