sexta-feira, 13 de abril de 2012

Waldson, cargos de confiança e a natureza do serviço público

Não fosse a tão falada decadência moral de nossa classe política e de tantos cidadãos que acreditam ser pessoas de bem, o episódio envolvendo os servidores do primeiro escalão do Governo Ricardo Coutinho levaria a um levante de protestos e mobilizações que resultariam num desgaste tal ao atual governador que, ou ele renunciaria ao cargo, ou sofreria uma rápido processo de   Impeachment. 

O Secretário Waldson e sua equipe junto com representantes partidários do PSB simplesmente provaram para toda população paraibana para que serve os ditos comissionados, serviços terceirizados e a tão forte resistência para que se realizem concursos públicos: para que a natureza do que é publico seja privatizada e partidarizada em nome dos gestores de plantão.

Alguém precisa cobrar que se pratique efetivamente o que é da natureza do serviço público. Esse não pode estar vinculado e dependente de interesses particulares ou de grupos específicos. O Servidor Publico, seja estatutário, prestador de serviço ou em cargo de confiança não são (ou pelo menos não deveriam ser) cabos eleitorais daqueles que os colocaram num emprego.

Ao assumir uma função pública, todo e qualquer cidadão deve manter como premissa da sua função a defesa dos interesses da população que é quem verdadeiramente o contratou. Exigir que pessoas em cargo de confiança ou em prestação de serviço sejam cabos eleitorais, panfletistas ou que fiquem nas ruas dando bandeiradas é um atentado a natureza do que deve ser o Serviço Publico em todos os seus aspectos.

Não é fácil livrar o servidor público desse assédio moral, que, com muita sutileza, acontece até mesmo com os que são chamados de efetivos. As perseguições, a colocação de barreiras e os impedimentos para o crescimento profissional são algumas das ferramentas usadas para punir o servidor que se colocar em rota de colisão com os desejos partidários do Gestor de Plantão.

Com a realização de concursos públicos, redução de cargos de confiança e gradativa substituição de serviços terceirizados e dos prestadores de serviço por profissionais estatutários e com estabilidade garantida teremos sim condições de não passar pelo constrangimento de assistir cenas como as que envergonham e lameiam ainda mais o histórico político do PSB da Paraíba e também do seu representante maior o Governador Ricardo Coutinho.


Um comentário:

  1. Em patos os medicos começaram um movimento reivindicatorio de equiparação de valores de plantões com Campina e João pessoa pois nestes locais é pago mais que o dobro pelo mesmo serviço de 12 horas de plantão.
    O governo aliado ao CRM conselho regional de medicina na pessoa de seu presidente João modesto com o diretor clinico do trauma o senhor edvan Junior esta trazendo medicos sem ética de João pessoa para assim substituir os medicos de patos isto pagando cerca de 3 mil reais a cada 24 horas o que fere o artigo 48 e 49 do código de ética medica que proíba que medicos furem movimentos registrados em sindicatos e conselhos como o nosso.
    A reivindicação e justa pois estamos ganhando metade do que os medicos de Campina grande ganham.
    Fere a interiorização da medicina piorando a qualidade do serviço que tentamos aqui realizar ,fazendo com que cerca de 15 medicos migrassem para Campina e João pessoa.
    Estamos sendo destruídos pelo governo literalmente

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