segunda-feira, 16 de abril de 2012

URGENTE: Risco de Surto de Dengue em João Pessoa

João Pessoa comemora a drástica redução dos números de casos de dengue em relação a 2011. Devemos ter motivos de sobra para comemorar, porém, recomendo que sejam acesas as luzes de alerta! Afinal a subnotificação e casos que não são devidamente investigados e que são tratados com dipirona ou paracetamol a partir de indicações domésticas, podem esconder um real quadro de surto de dengue neste momento.

O fato é que os números publicados pela PMJP podem está superestimados quando revelam uma redução drástica do número de casos de dengue na cidade de João Pessoa. Porém, ainda que eles estejam certos, cabe destaque para tendência de crescimento no número de casos notificados este ano. 

Lamentável que a metodologia de publicação dos três boletins epidemiológicos deste ano sigam formatos diferentes, pois isso prejudica uma análise rápida da real situação. Veja qual a situação real apontada pela sequência dos boletins epidemiolçógicos 1, 2 e 3:

TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO DOS CASOS DE DENGUE NOS PRIMEIROS MESES DE 2012:
EM JANEIRO:         31 CASOS notificados
EM FEVEREIRO:   86 CASOS notificados
EM MARÇO:         119 CASOS notificados

Não sou cientista, nem tão pouco especialista em estatística, porém, parece evidente a tendência de crescimento dos casos de dengue de janeiro até agora. Além disso, também foram registrados dois casos de dengue homorrágica que, face a metodologia de edição do boletim, não fica claro se foi durante os três primeiros meses de 2012 ou se apenas referente ao mês de março.

A conclusão a que chegamos é que não dá pra relaxar diante da ameaça de um grande surto de dengue durante os próximos meses e que também a PMJP precisa definir um padrão específico para seus boletins epidemiológicos facilitando o entendimento dos números publicados e sobretudo, uma melhor clareza dos números.

Também já ouvi de alguns profissionais que pode estar havendo manipulação dos dados para manter  João Pessoa "boa na fita", mas confesso que não acredito nisso, afinal, seria muita perversidade.

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