sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eu senti pena de Demóstenes

Demóstenes
O nosso grande exemplo de divindade e de humanidade, Jesus, nos trouxe a forma mais contundente de perdão: o perdão absoluto. Não fosse a predominância humana dessa massa, eu perdoaria o ex-senador Demóstenes. Pois, não posso expressar outro sentimento, senão a pena. Sinto certa ambivalência! Quero e não quero perdoar. Todavia, a tristeza da situação me incomoda profundamente.

Acredito que Justiça foi feita. Considero indiscutível que esse era o caminho necessário. Ao mesmo tempo, fico triste em ver a vida de uma pessoa ser despedaçada por pessoas que, certamente, guardam de si mesmas podridões do mesmo calibre, ou mesmo mais graves que as cometidas pelo ex-senador.

Lamento que alguém que recebeu a credibilidade de milhares de pessoas. Que recebeu do povo o poder para decidir junto com seus pares os destinos de uma nação e de nossas vidas, tenha se prostituído e sucumbido aos deleites do dinheiro fácil e sujo, não apenas de lama, mas do sangue das pessoas que morrem nas filas dos hospitais, dos postos de saúde; da falta de oportunidades que poderiam surgir nos bancos das escolas e nos cursos profissionalizantes e superiores. Pois é daí que saem os bilhões que dia após dia são roubados dos cofres públicos.

Sei, que se algum dia atingirmos um nível de ética e de moralidade que alcance ao menos 45 ou 50 por cento de nossos representantes eleitos e um espírito maior de indignação da massa dos brasileiros e do poder judiciário, certamente chegaremos a ter pena de muitos outros mandatários de cargos eletivos e também de muitos homens públicos que, por enquanto, apenas fazem mal a sociedade e se escondem sobre um manto de homens e mulheres de caráter ilibado. 

Meu desejo era dá umas palmadas nesses ditos, depois, é claro, escorraçá-los da vida pública para sempre.

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