sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Luta de Davi e Golias na Política Paraibana

Você já pensou em que cenário deprimente nós, humildes mortais, estamos envolvidos? Realmente estamos diante de um verdadeiro desafio aos moldes do protagonizado por Davi quando Golias o desafiou e afrontou o Exército de Israel (conforme passagens bíblicas). Mas, pra nós, o Golias e seu exército de gigantes não estão tão claramente definido quanto na lenda judáica.

O Exército de Davi é um tanto mais fácil de identificar e é representado por uma minoria de atores que, como eu e como você, sabe muito bem que é difícil confiar nas organizações políticas que se apresentam ilibadas e repletas de virtudes quem nem mesmo os Deuses das mais diversas crenças os podem superar. Do lado de Davi a nebulosidade é tanta que é bem possível que tenhamos elementos laranjas infiltrados no exército de Davi.

Veja caro amigo se não existe certa coerência naquilo que coloco nas próximas linhas. 

Num tempo não tão distante, faziam parte da mesma massa política os ilustres Ronaldo Cunha Lima, Cássio Cunha Lima e Zé Maranhão e seu seguidores fiéis. Em dado momento, com ou sem traições, PMDB racha e, de um lado fica PMDB e do outro o PSDB. Para derrotar na Capital o PSDB, Zé Maranhão apóia fortemente a candidatura do PSB na Pessoa de Ricardo Coutinho, que, até então era inimigo mortal tanto de Zé como de Cássio.
Com o apoio vigoroso de Zé Maranhão e todo grupo do PMDB, PSDB é derrotado duas vezes seguidas na Capital Paraibana e, em agradecimento, PSB apóia a eleição de Zé Maranhão para derrotar Cássio no Governo do Estado. Quando o PMDB consegue finalmente tomar posse no Governo por conta da Cassação de Cássio  - que foi promovida pelo grupo de Ricardo Coutinho (aliados) - uma estranha metamorfose contece e, o Mago rompe com o PMDB e se aproxima do Grupo de Cássio Cunha Lima que, por vingança ou não, só queria derrotar Zé Maranhão nas Urnas. Conseguiu.

Então, o que temos hoje, diante do projeto pessoal de Ricardo Coutinho é uma mescla de alianças e traições que, ao longo do tempo só mostra a promiscuidade existente nas relações dos grupos políticos que se revezam no controle dos municípios paraibanos e também no Governo do Estado. Todos esse são o exército de Golias: Gigantes que se consideram supremos e invencíveis.

Esse exército de gigantes mobiliza seus soldados com dois elementos curiosos: de um lado a paixão cega e irracional de muitos e, do outro, a esperança de vantagens finaceiras para si e para os seus. Infelizmente, muitos nutrem a esperança de algum dia mamar nas tetas caídas de um Estado corrompido. E Poucos, poucos mesmo, são os que se associam ao pobre e reduzido exército de Davi que não acampa nos palácios, não é amigo de grandes empresários ou de donos de empresas de comunicação.

O exército de Davi é cada um daqueles poucos que não se vende e que não compra apoio. Que sofre com o mercantilismo feito com os recursos públicos e com os direitos dos cidadãos. Infelizmente, cada dia, menos gente ousa pegar sua funda, colocar uma pedrinha e lançar contra os gigantes...

Já está mais do que comprovado, a luta de Davi ainda não tem um exército volumoso - ainda que devesse - mas sim apenas alguns Valentes de Davi que, como na história, tendem a ser maginalizados pelos que lutam por poder sem levar em conta o interesse dos que mais sofrem. Na realidade, nem temos essa figura que simbolize essa luta desinteressada e que seja capaz de mobilizar o exército dos oprimidos.

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